terça-feira, 21 de junho de 2011

Inovação para resultados



Por Fabian Salum, professor da Fundação Dom Cabral.


Diz-se que o mundo não é feito das grandes respostas, e sim das grandes perguntas. Cada descoberta, cada invenção partiu de uma pergunta essencial: “qual é o próximo passo?”.
É essa inquietude humana e própria dos pioneiros que move os executivos das maiores empresas de Minas Gerais em busca de respostas para melhor compreender os rumos da inovação no Estado e na sua organização. Atentas a esse processo, as empresas brasileiras estão tentando se encontrar e definir um modelo de gestão que lhes permita focar em novas metodologias, produtos e serviços que as elevem ao patamar reconhecido de empresas inovadoras. 

O assunto tem tomado cada vez mais corpo, especialmente nas decisões de posicionamento estratégico. Para isso, as organizações precisam absorver processos sistêmicos que possibilitem dar continuidade e estabilidade ao movimento.
Há sistemáticas dentro das empresas que incluem processos claros e consolidados como budgets, metas financeiras e de mercado, indicadores de controle e ações estratégicas. Mas será que a agenda de trabalho dessas empresas possui ações concretas para abrir espaço de discussão e debate sobre o tema e amadurecer o processo?  

Esse comportamento sistematizado é essencial como base para uma busca contínua pela inovação, o que poderá trazer longevidade, competitividade, lucro e market share. A partir daí, surgem os desafios, a responsabilidade e a autonomia. Surge, em especial, a cobrança por resultados. E é por isso que a pergunta que gira em torno da cabeça de todo executivo é: como dar o próximo passo? Ou seja, como converter inovação em resultados?
Se o mundo não é feito das grandes respostas, possivelmente seria porque as respostas não são simples ou fáceis de serem encontradas. E nada melhor do que muitas cabeças pensando em conjunto para buscar as melhores soluções. 

As empresas partem então numa procura por novos conhecimentos e experiências na área, criando e participando de redes de colaboração e relacionamentos: parcerias com outras empresas e organizações, universidades, escolas de negócios, órgãos de fomento à inovação com vínculos a governos e institutos de ciência e tecnologia. Neste espectro de relacionamento para a geração de conhecimento, o debate entre os membros da rede é sempre rico e diverso.

Internamente, tornar-se uma empresa inovadora é uma opção estratégica. De fato, exige a incorporação do conceito e da cultura pró-inovação em seus processos, indicadores, planejamentos e equipe. A influência do estilo de ser e de conduzir as equipes de trabalho recai sobre a liderança nas organizações, o que, por sua vez, pode ser comprovado pelo modelo de gestão predominante nas empresas. O modelo mais tradicional e que mais encontramos é aquele que valoriza as pessoas que gostam de trabalhar em sistemas convencionais e pré-definidos. Pensar em renovar esse modelo dentro das organizações requer motivações e ambiente favorável (ROSSI; COZZI, 2010). 
A opção por inovar deve partir da direção, porém é necessário arraigar-se pela empresa em todos os níveis, disseminando o conceito de que o processo inovativo é estratégico e que todas as diretrizes internas devem apoiar e dar suporte a um ambiente que garanta o seu sucesso. A partir do momento que a inovação é um conceito pulverizado ao longo de todos os processos e pessoas, cria-se, assim, um ambiente propício e estimulante para o surgimento de ideias que possam gerar importantes recombinações para a empresa, seus produtos, processos organizacionais, mercado e modelo de negócios. 

Fonte: http://www.fdc.org.br/pt/blog_inovacao/Lists/Postagens/Post.aspx?ID=17#Comments

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Polo fármaco precisa agilizar cessão de áreas


O desenvolvimento do polo de Goiana depende da entrega dos terrenos às empresas interessadas no local


Apesar de todo alarde em torno do polo farmacoquímico de Pernambuco, em Goiana, desde o primeiro governo Eduardo Campos, apenas dois empreendimentos contam atualmente com a posse do terreno para tocar o projeto (a Novartis e a Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia – Hemobrás). Até o Lafepe Química – empresa do próprio Estado e que tem reservados 25 hectares – não tem a posse da área.

Para se ter noção da importância dessa etapa burocrática, projetos privados que precisam de financiamento só podem fazer tal solicitação junto aos bancos depois de vencida a etapa do terreno. O presidente da Agência de Desenvolvimento de Pernambuco (ADDiper), Marcio Stefanni – órgão que atualmente cuida da divisão do polo farmacoquímico – explica que o Estado está finalizando um pacote de projetos definindo a questão dos terrenos. “Como é um patrimônio do Governo do Estado precisa ser aprovado pela Assembleia Legislativa. Em alguns casos, apenas a posse do terreno resolve porque a empresa não precisa de financiamento, como foi o caso da Novartis. Já as que precisam usar a área como garantia devem ter a propriedade do terreno”, detalha. Como o poder legislativo precisa votar e o recesso parlamentar vai iniciar dentro de 15 dias, apenas no segundo semestre essas questões serão resolvidas e as empresa poderão tocar as obras.

Questionado sobre a demora para viabilizar essa parte que seria inicial de um polo, Stefanni defende o Estado argumentando que, embora muitos dos grupos tenham assinado protocolo de intenções para investir no Estado, há um trâmite mais lento para que cada um deles abra empresa no Estado. “O repasse do terreno deve ser feito a um donatário identificado pelo Estado”, explica Stefanni.
Estão nessa fila a Vita Derm, o Multilab, o grupo pernambucano Riff, a AC Diagnóstico, o Ionquímica. A Vita Derm, por exemplo, constituiu empresa há cerca de um mês e agora aguarda o terreno para tocar a obra. “A gente assina o protocolo, mas não quer dizer que a empresa já está com tudo pronto para começar a construção. Muitas vezes elas mesmas estão analisando o investimento. Depois, é que elas demandam da gente a posse ou propriedade da área”, comenta o presidente da AD Diper.

Por ironia, a única empresa privada que já tem a posse é a Novartis, cuja pedra fundamental é de 2009 e até hoje a obra não saiu do lugar, sem haver sequer a definição sobre o valor que será aportado. A expectativa é que em agosto isso seja definido com o início da construção da nova unidade. A Hemobrás, um projeto de R$ 540 milhões, demorou para tocar a obra, principalmente por questões na licitação, mas hoje é a única construção que de fato saiu do papel no polo farmacoquímico.
Até a iniciativa do próprio governo estadual de implantar um unidade industrial do Lafepe não consegue sair do papel e sequer avançou na questão da posse do terreno. “Estamos vendo isso. Temos uma comissão técnica para tratar das possibilidades para o uso do espaço. Queremos marcar uma conversa com a AD Diper. Realmente, precisamos identificar o terreno, cercar, colocar alguma marcação. Até para receber algum grupo interessado em ser parceiro e levar até o terreno”, reconhece o presidente do Lafepe, Luciano Vasquez.

Com relação a demora na definição do projeto, o gestor relaciona parte da morosidade à crise de 2008 que teria afastado grandes grupo da negociação. A ideia é identificar um parceiro para desenvolver uma planta industrial, com o Estado entrando com o terreno e com a experiência do Lafepe.

Carla Seixas
Jornal do Commercio
Fonte: http://migre.me/54sNc

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Estado terá complexo logístico com porto e aeroporto no Litoral Norte


 Por Bruna Serra, Especial para o JC

Pernambuco poderá ganhar em breve um novo complexo logístico, integrado com porto, rodovia e um aeroporto de cargas na Ilha de Itapessoca, no Litoral Norte do Estado, próximo a praia de Ponta de Pedras, em Goiana. A elaboração do projeto foi confirmada neste domingo pelo governador Eduardo Campos. “Existe o projeto, sim, mas nós só vamos detalhá-lo amanhã (nesta segunda)”, disse.

O empreendimento deverá ser viabilizado por meio de uma parceria público-privada (PPP). Há pelo menos um grupo nacional interessado em se associar ao governo na empreitada, porém seu nome segue em sigilo. Outras quatro grandes empresas já teriam manifestado interesse no local.

O governo estadual trabalha agora na análise das licenças ambientais e na elaboração do edital de lançamento da PPP. A contrapartida do governo será com a construção dos acessos para o aeroporto e porto.

O projeto surge como uma alternativa ao Porto de Suape, onde já se percebe escassez de terrenos para algumas finalidades. Um investidor chinês, por exemplo, pensava em montar um estaleiro no local, mas não encontrou área de praia disponível. Informado da viabilidade da área em Ponta de Pedras, teria concordado em levar seu empreendimento para o Litoral Norte, que poderá experimentar um pouco do desenvolvimento que já se consolidou nos arredores de Suape.

Fonte: http://jconline.ne10.uol.com.br/canal/economia/pernambuco/noticia/2011/06/06/estado-tera-complexo-logistico-com-porto-e-aeroporto-6540.php

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Mídias sociais, smartphone e pesquisa de preço: saiba como usá-los

 
Por Rafael Seabra, do Blog Quero Ficar Rico


Num primeiro momento, alguns podem imaginar que não existe relação alguma entre eles. Outros podem pensar que quero falar sobre pesquisa de preços para comprar smartphones. Mas pretendo discutir, entre outras coisas, algo ainda mais amplo: como fazer pesquisas de preços através do seu smartphone.
Ouvi ontem à noite uma excelente entrevista com Sílvio Meira, no programa Bits da Noite, na rádio CBN. Meira, influente cientista na área de tecnologia da informação, discutia sobre o crescimento das mídias sociais (principalmente Twitter e Facebook) em 2010 e comentava sobre o aumento na quantidade de smartphones entre os brasileiros, que já alcança 10% da população.
O intuito deste artigo é discutir a imensa quantidade de oportunidades que surgem diante desses números e como podemos aproveitá-las para poupar tempo e dinheiro.

A importância das mídias sociais

Apesar de boa parte da população ainda utilizar as mídias sociais como diversão ou para perder tempo, paquerando pelo Orkut, bisbilhotando a vida alheia no Facebook ou acompanhando o que os famosos têm feito pelas tuitadas, existe um mundo de oportunidades por trás dessas ferramentas.
Através das redes sociais é possível saber o que estão falando da sua empresa ou produto, pesquisar a opinião dos proprietários de algum produto que você deseja adquirir, divulgar o seu trabalho através de vídeos e links para sites, participar de promoções, entre muitas outras vantagens.
Não vou me aprofundar muito sobre esse assunto, pois não é o objetivo central desse artigo e tem gente muito mais especializada para tratar do tema, como o próprio Sílvio Meira comentou em sua entrevista.

Smartphones e planos de dados com preços acessíveis

Além do crescimento das mídias sociais, vimos também em 2010 um aumento assustador na quantidade de smartphones  e o barateamento dos planos de dados das operadoras.
Atualmente é possível comprar um bom smartphone por 500 reais e contratar um plano de dados gastando apenas R$ 0,50 por dia!
Com esse razoável investimento, é possível ter em mãos uma poderosa ferramenta para otimizar seu tempo (seja por ler e responder e-mails com rapidez ou se ocupar na sala de espera do consultório) e ainda economizar ao comprar, pesquisando o preço do produto em sites como BuscaPé e utilizando o resultado da busca para negociar numa loja física!

Pesquisa de preço e comparação de produtos

O exemplo apresentado pelo Sílvio Meira no programa supracitado da CBN é muito interessante. Existem diversas lojas que possuem estabelecimentos físicos e virtuais ao mesmo tempo. Alguns exemplos são as Americanas, Magazine Luíza e Ricardo Eletro.
Ainda assim, muitas delas cobram preços diferentes pelo mesmo produto, onde geralmente é mais barato comprar pela Internet. Mas nada impede que dentro da loja física você pegue seu smartphone, pesquise o preço do seu produto numa dessas lojas (ou qualquer outra que possua estabelecimento físico e virtual), apresente a diferença para o vendedor e tente negociar um desconto.
Não estou aqui para discutir o motivo da diferença de preços entre os estabelecimentos físicos e virtuais, até porque existem muitos. Logística, gastos com aluguel e funcionários são apenas alguns deles. Mas você não pode deixar de tentar negociar por esse motivo.


Conclusão

Minha intenção com esse texto foi deixar três recados: sempre façam uma boa pesquisa de preços antes de comprar, aproveitem melhor o potencial dessas mídias sociais e procure explorar todo o potencial do seu smartphone juntamente com um plano de dados.
Utilizar com inteligência essas três ferramentas certamente contribuirá para otimizar seu tempo, tomar melhores decisões e até economizar algum dinheiro. Pensem nisso!